A nossa primeira viagem
- JB Travel
- 1 de dez. de 2024
- 7 min de leitura
Atualizado: há 4 dias
No dia 16 de julho de 2022, fizemos a nossa primeira viagem juntos.
Após um longo dia de deslocações, finalmente aterrámos em Barcelona. Dirigimo-nos ao metro — o melhor que já vimos, completamente automatizado e moderno, embora com muitas escadas rolantes. Ao fim de uma hora, chegámos à estação de Bon Pastor, onde se localizava o quarto que tínhamos alugado através do Airbnb.
Já estava a anoitecer e muitos estabelecimentos já tinham encerrado. Caminhámos até à casa, mas já tinha escurecido. Havia um minimercado aberto em frente. O proprietário do alojamento não atendia, então fomos comprar comida. Quando ele finalmente atendeu, abriu-nos a porta. Devido à pandemia de COVID-19, uma das regras da casa era descalçar os sapatos.
Além disso, ainda era obrigatório usar máscara nos transportes públicos.
A casa era muito confortável e limpa, com um quarto bastante espaçoso. O maior problema era o calor intenso, típico de julho. À meia-noite, nem a ventoinha do quarto ajudava, mesmo com a janela aberta. O quarto estava tão quente que foi difícil adormecer; transpirávamos por todos os poros.
Acordámos relativamente cedo, tomámos o pequeno-almoço em casa e dirigimo-nos ao Parque Güell.
O Parque Güell, projectado pelo arquiteto Antoni Gaudí, é uma das atrações mais emblemáticas de Barcelona. Situado na parte alta da cidade, o parque oferece vistas deslumbrantes de Barcelona e do Mar Mediterrâneo. Destaca-se pelas suas formas orgânicas, mosaicos coloridos e estruturas únicas, que exemplificam o estilo modernista característico de Gaudí.
Alguns elementos notáveis do parque incluem:
A icónica salamandra colorida na entrada principal
A sala hipóstila com as suas colunas inclinadas
O banco ondulado coberto de mosaicos na praça principal
Os caminhos sinuosos e as estruturas que se integram harmoniosamente na natureza
Originalmente concebido como parte de um empreendimento habitacional não concretizado, o Parque Güell foi posteriormente transformado num parque público. Hoje, é Património Mundial da UNESCO e uma das atrações turísticas mais populares de Barcelona.
Um parque que vale cada cêntimo que pagámos por ele. É um local de visita obrigatória.
De seguida, decidimos descer a pé. Parámos num supermercado Dia para comprar água e baguetes para o almoço. Apanhámos um autocarro e parámos junto à Casa Milà. Até o pavimento de Barcelona era lindo. A Casa Milà era deslumbrante, mais uma obra famosa do arquiteto Antoni Gaudí. A sua arquitetura única e ondulada tornava-a ainda mais especial.
Depois disso, fomos à famosa Sagrada Família, uma basílica monumental também projetada pelo famoso arquiteto. É conhecida pela sua arquitetura única e impressionante, combinando elementos góticos e modernistas. A construção começou em 1882 e ainda está em curso, sendo um dos projetos arquitetónicos mais longos da história. É um símbolo icónico de Barcelona e uma das atrações turísticas mais visitadas da cidade.
Apesar de ainda estar em construção, não deixa de ser lindíssima, e os seus pormenores são encantadores.
Explorámos aquela zona e, de seguida, fomos à famosa Praça da Catalunha, onde aproveitámos para almoçar. Estava um calor horrível. Eu já tinha arranjado um leque de Barcelona, mas mesmo assim não era suficiente. Depois de comermos, explorámos a praça e tivemos muito cuidado com as armadilhas para turistas: pessoas vestidas de branco que querem tirar fotografias e depois vão sempre atrás de nós a pedir dinheiro. Felizmente, conseguimos escapar delas. Vimos bastante gente a cair na armadilha.
De seguida, percorremos as ruas de Barcelona. Bebemos um granizado que nos soube pela vida, com o calor que estava.

Íamos para o Bairro Gótico, e estávamos perto, mas começámos a entrar em ruas com edifícios tão bonitos que acabámos por nos afastar bastante. Já cansados de andar, não voltámos para trás.
Apanhámos um autocarro e fomos ao Arco do Triunfo. Sentei-me no chão para tirar uma fotografia, mas era impossível — o chão era lava.

Seguimos por uma avenida e chegámos ao Parque da Ciutadella.
O parque abriga várias atrações, incluindo o Parlamento da Catalunha, um lago, o Museu de Ciências Naturais e o Jardim Zoológico de Barcelona.
O parque foi criado no local de uma antiga fortaleza (cidadela) no século XIX e desempenhou um papel significativo na Exposição Universal de Barcelona em 1888. É conhecido pelos seus belos jardins, fontes ornamentadas e uma cascata monumental.
É um local excelente para relaxar, fazer piqueniques ou simplesmente passear e desfrutar da natureza no meio da cidade.
Cansados, com dores nos pés de tanto andar e exaustos do calor, decidimos ir para Montjuïc, o último local que visitaríamos naquele dia. Estávamos ansiosos para ver o espetáculo na Fonte Mágica, famosa pelos seus espetáculos noturnos que combinam água, luz e música, criando uma experiência visual deslumbrante.
Ainda era cedo, então fomos de autocarro até um certo ponto e depois apanhámos o funicular para subir. Caminhámos até chegar à Fonte Mágica de Montjuïc, com o imponente e belo Palácio Nacional ao fundo. Era uma vista deslumbrante.

Pedimos comida através do Uber Eats e ficámos sentados num banco a comer enquanto esperávamos pela hora do espetáculo. Explorámos um pouco a zona e, à medida que mais pessoas iam chegando, procurámos um bom lugar para assistir. Ainda faltava uma hora, mas queríamos garantir um bom lugar.
Enquanto esperávamos, apareceram vendedores a oferecer cerveja e mojitos. Vimos cães a refrescarem-se na fonte e até houve uma apresentação de dança de rua antes do espetáculo principal começar.
Quando finalmente o espetáculo da Fonte Mágica começou, foi verdadeiramente lindo e mágico. Ficámos cerca de 30 a 40 minutos a apreciar antes de decidirmos ir embora, já passavam das 22h.
Descemos a rua e dirigimo-nos ao metro. As estações eram tão profundas que o calor se tornava intenso, obrigando-nos até a comprar água. A viagem foi desagradável, com o calor sufocante e a obrigatoriedade de usar máscara em pleno verão — uma experiência verdadeiramente desconfortável.
Ao chegar a Bon Pastor, passámos pelo Supermercado perto de casa para comprar comida para o dia seguinte, pois partiríamos para Madrid de comboio. Havia baguetes quentinhas acabadinhas de chegar, uma tentação irresistível, mas conseguimos guardá-las para o dia seguinte.Como sempre, ao chegar, o quarto estava um autêntico forno. Tomámos um duche de água fria, arrumámos tudo e fomos tentar dormir.
De manhã, o João acordou cedo e preparou o pequeno-almoço. Era suposto darmos mais uma voltinha por Barcelona, mas o cansaço do dia anterior era tanto que ficámos a dormir mais um pouco. Comemos e fomos para a estação Barcelona-Sants, para apanhar o comboio de alta velocidade da Renfe para Madrid-Atocha.
Demorámos menos de 3 horas para chegar a Madrid. Ficámos num hotel na Puerta del Sol, então fomos diretamente para lá. Um ótimo quarto para uma noite e com ar condicionado. Eram 16h quando saímos para passear pela zona. Com tanto calor, fomos a um Starbucks beber algo fresco.
Passámos pela Ópera e chegámos ao Palácio Real. Continuámos a andar por lá e uma coisa muito boa que aconteceu foi que nos toldos das lojas saíam repuxos de água para refrescar. Soube maravilhosamente bem e íamos correndo de toldo em toldo para nos refrescar
No fim, parámos num sítio muito bom de tapas perto do palácio, e não foi nada caro.
O João bebeu uma caneca de cerveja e um mojito delicioso.

Demos mais umas voltas a explorar as ruas de Madrid, parámos num supermercado para comprar mais água e fomos para o hotel descansar.
No dia seguinte, começámos o dia por ir pôr as nossas mochilas num cacifo numa estação de comboios, e fomos para o Parque del Retiro.
Oficialmente chamado Parque del Buen Retiro, é um dos maiores e mais belos parques de Madrid. Localizado no coração da cidade, este parque histórico oferece um refúgio verde para os moradores e visitantes da capital espanhola.
Algumas características notáveis do Parque del Retiro incluem:
Um lago artificial onde se pode alugar barcos a remos
O Palácio de Cristal: uma deslumbrante estrutura de vidro e ferro que frequentemente abriga exposições de arte
Jardins exuberantes e passeios arborizados
Estátuas e monumentos históricos espalhados pelo parque
Áreas para atividades recreativas e desportivas
O parque é um local popular para passear, fazer piqueniques, praticar desporto ou simplesmente relaxar. Além disso, serve frequentemente como palco para eventos culturais e atividades ao ar livre.
Ainda passámos um bom tempo a explorar o parque, mas a fome começou a apertar e voltámos à Puerta del Sol para almoçar no Taco Bell. No entanto, as pessoas não têm modos ao andar na rua. Havia um homem que caminhava sem olhar para a frente e, enquanto eu tentava desviar-me dele, ele continuava a vir na minha direção, fazendo-me cair no chão. Depois, ajudou-me a levantar e pediu muitas desculpas. Felizmente, não me magoei.
No Taco Bell, almoçámos razoavelmente bem. Como a água já tinha acabado, enchemos uma garrafa com gelo de lá, mas tinha um sabor a fast food.
De seguida fomos à Plaza Mayor, é uma das praças mais famosas e importantes de Madrid. Esta praça retangular foi construída durante o reinado de Felipe III no século XVII. É conhecida pela sua arquitetura impressionante, com edifícios uniformes de três andares, varandas de ferro forjado e fachadas pintadas à mão.
A praça tem sido cenário de diversos eventos históricos, incluindo execuções públicas durante a Inquisição Espanhola, corridas de touros e mercados. Hoje, é um local popular para turistas e moradores, repleto de cafés, restaurantes e lojas. No centro da praça, há uma estátua equestre de Felipe III.
Dominados pelo calor e cansaço, fomos à Plaza de España sentar-nos num banco à sombra, soube tão bem aquele descanso.

De seguida fomos à Gran Vía e entrámos na maior Primark do mundo. Era incrível. Com tanto calor que tínhamos, fomos ao McDonald's beber algo fresco e decidimos voltar para o Parque del Retiro e descansar lá à fresca.
E assim foi, mas começámos a ser picados por bichos então andámos pelo parque e sentámo-nos num banco à fresca um bom bocado. Os pés doíam de tanto andar. (ainda não estávamos habituados a andar tanto)

Quando saímos do parque fomos ao Mercado de San Miguel e depois disso voltámos às tapas que tanto gostámos. Dessa vez com sangria para o João e na mesma um mojito para mim.Com mais olhos do que barriga fomos à famosa “churreria” comprar churros. Mas sinceramente não gostámos muito, era demasiado enjoativo.
Já sem energia para fazer muito, fomos buscar as nossas mochilas e fomos para a estação de autocarros, pois íamos voltar para Lisboa de autocarro da FlixBus, eram cerca de 7h de viagem. Só íamos chegar a Lisboa pelas 7h da manhã. Trocámos para uma roupa mais confortável para viajar e esperámos pelo autocarro. A viagem de autocarro não foi a melhor de todas, mas chegamos a Lisboa.
E assim terminaram uns dias fantásticos em Espanha, onde tivemos uma experiência rica e diversificada em Barcelona e Madrid. Em Barcelona, os pontos fortes foram sem dúvida o Parque Güell, a Sagrada Família e a Fonte Mágica de Montjuïc. Já em Madrid, destacaram-se o Palácio Real, o Parque del Retiro e as deliciosas tapas.
Apesar do calor intenso ter sido um desafio constante durante a viagem, afetando o conforto e as atividades planeadas, a viagem proporcionou uma mistura de experiências culturais, arquitectónicas e gastronómicas, permitindo-nos conhecer aspetos únicos de cada cidade.
A viagem foi uma experiência extremamente positiva e memorável, deixando-nos com vontade de voltar e explorar ainda mais estas maravilhosas cidades espanholas.
19 de Julho, 2022
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